As praias, no verão, em diversas partes do mundo, são enfeitadas por chapéus de vários modelos, desde as viseiras e bonés até chapéus frescos de palha ou tecidos naturais. No cenário oposto, de neve e frio com temperaturas negativas, dificilmente se encontra alguém, sem um gorro de lã ou chapéu de feltro. 

Desde a Idade Média, as mulheres, de modo especial, usavam chapéus de diversas formas. Por volta de 1450, as mulheres do norte da Europa usavam uma espécie de adorno com enchimento, disposto na forma de dois chifres altos e cobertos com um fino véu e feitos em tecidos caros e cravejado de joias. Um exemplo claro foram os chapéus de pala do século XIX, que, em formato de capuz, com ou sem aba frontal, cobriam o alto, os lados e a parte posterior da cabeça e eram amarrados sob o queixo.

Há 4000 anos a.C. pode-se dizer que foi a primeira ideia do surgimento futuro do chapéu, tudo começou com um pedaço de tecido para amarrar o cabelo, como uma fita ou bandana que, provavelmente, foi daí que continuou essa fita em volta do chapéu, como conhecemos até hoje.

Depois foi a vez do surgimento dos turbantes, coroas e tiaras, que foram utilizadas por pessoas nobres como distinção social, mas aos poucos esses acessórios colocados na cabeça foram sendo utilizados não somente pela nobreza, mas sim para todas as pessoas que dele pudesse fazer uso. Na segunda guerra mundial, devido a dificuldades das artistas principalmente poderem manter seus cabelos sempre arrumados, foi grande a utilização dos turbantes como forma de se manter um visual elegante.

Carmem Miranda, a brasileira que fez fama mundial com seus magníficos turbantes, é a brasileira que teve sua marca registrada com o uso dos mesmos.

O chapéu foi, durante muito tempo, para homens e mulheres, o signo que diferenciava uma classe de outra classe: a senhora usava mantilha e chapéu, e a mulher do povo, lenço na cabeça quando não ia completamente sem nada; o senhor usava chapéu, e o trabalhador, gorro ou boina; o cavalheiro se cobria com a cartola, e os simples e camponeses, com o chapéu largo de palha. Entre nós, o uso de chapéu não é símbolo de riqueza, de dinheiro, como podem ser outras coisas de maior ou menor preço – as joias, por exemplo –, mas, sobretudo, um selo de classe, de nível social, de educação, inclusive de herança, de berço e de hierarquia. 

Logo no final desse período já se inicia o período conhecido como Belle Époque, no final do século XIX e início do século XX, que foi até a primeira guerra mundial em 1914. Esse período foi de grande desenvolvimento na cultura e ocorreram transformações nas formas de pensar a vida. As mulheres com os volumosos penteados da época, havia necessidade de chapéus maiores que pudessem cobrir os penteados e nesse sentido a criação de diferentes chapéus fazia parte do cotidiano da moda.

Na moda, é possível afirmar que, o chapéu supera o limiar de ser considerado somente um acessório de moda e pode passar a ser visto, inclusive, como um elemento principal da composição do vestir. Isto se dá não somente pelo local privilegiado onde se encontra – a cabeça –, mas também pelo destaque estético presente em seu design.

Côco Chanel, em torno de 1909, começou a fazer seu nome no mundo da moda através da abertura de sua loja de chapéu, onde desenvolvia novidades e criações sobre os mesmos, e seu estilo foi aos poucos sendo divulgados e apreciados cada vez mais no mundo da alta costura.

Algumas celebridades mundiais, fazem uso e divulgação do precioso acessório que complementa o visual de quem os usa.

 Com seus 83 anos, residente no Brasil, a modelo e influencer dita moda, pesquisando e garimpando peças diferenciadas para seu acervo que, atualmente, chega a 750 chapéus. Alguns comprados em viagens pelo mundo, garimpados em brechós que trabalham com marcas renomadas e, muitas vezes, locais que ninguém dá importância, outros confeccionados e ornamentados pelo seu filho, Marcio Demari.

Vovó Izaura diz que: “Não há necessidade de se vestir como todo mundo. É muito mais divertido criar seu visual.”

Assim, o nosso amigo e companheiro, chapéu, boina, boné, teve e continua tendo sua evolução em nossa história. 

Use e abuse desse acessório que pode marcar um estilo todo próprio e ousado de ser, como da Vovó Izaura, de nossa inesquecível Carmem Miranda ou da mãe da moda,  Côco Chanel.

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