Motivos emblemáticos da obra de Yayoi Kusama colorem o segundo drop da colaboração da artista com a Louis Vuitton, a ser lançado este mês

Foram os poás multicoloridos, assinatura suprema da artista japonesa Yayoi Kusama, a grande estrela do primeiro drop da coleção que ela assinou com a Louis Vuitton, em janeiro. Agora, no lançamento que desembarcou no país este mês, com a segunda parte da collab, é a vez de outros elementos de seu trabalho assumirem protagonismo, como as flores, uma referência à sua infância em uma província rural no Japão. Códigos de obras recentes de Yayoi, os rostos, olhos e as células lúdicas de pinturas como Where I Want to Live e The Place of Life colorem roupas e acessórios. A abóbora, que a artista diz “encantar por sua forma charmosa e cativante”, é outro tema que se repete nas novas peças de ready-to-wear. As bolinhas, um reflexo das alucinações auditivas e visuais que a artista tem (ela vive em um hospital psiquiátrico desde 1977), foram interpretadas em acessórios de couro e sapatos em uma cartela de cores que desta vez inclui azul, fúcsia, vermelho e amarelo. Já Infinity Net, série de Kusama apresentada em 1959 e um dos hits que a catapultou na cena artística contemporânea, estampa a clássica bolsa Capucine.

Não é a primeira vez que a Louis Vuitton colabora com Kusama: em 2012, a maison a convocou, e o resultado foram peças que se tornaram item de colecionador. Mas a tradição da label em agregar artistas ao seu savoir-faire é antiga. Quase um século atrás, Gaston-Louis Vuitton, neto do fundador da marca, foi quem começou a comissioná-los para assinar vitrines de lojas e, desde o fim da década de 1980, a marca já chamou Richard Prince, Takashi Murakami, Sol LeWitt e Jeff Koons para emprestar seus olhares a bolsas e outros acessórios. Encontros bem-vindos.

 

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